Santuário de Nossa Senhora da Peneda

Santuário de Nossa Senhora da Peneda

Qui Sommes Nous

PENEDA - ALTAR DE FÉ No distrito de Viana do Castelo, existe um recôndito lugar onde foi erecto um dos mais importantes e concorridos santuários do Norte do País, sob a invocação de Nossa Senhora da Peneda. Diz a lenda que ter-se-ia verificado uma aparição da Virgem, em 5 de Agosto de 1220, a uma pequena pastora. A mesma lenda reporta-se a uma passagem anterior: por volta de 716 ou 717 os cristãos, fugidos ante a invasão dos sarracenos, teriam deixado uma imagem entre as enormes fragas da Serra da Peneda. Implantada uma ermida no século XIII, o culto de Nossa Senhora da Peneda aumentou gradualmente em Portugal e na Galizia ( Espanha ), afluindo largos milhares de romeiros ao longo do ano, mas muito especialmente na primera semana de Setembro. O Templo enquadra-se harmoniosamente em majestoso trecho da serrania, tendo ao longo do pictórico vale vinte capelas onde se evocam as cenas bíblicas de major intensidade, precedida de um átrio com as imagens do quatro evangelistas. Culmina, este invulgar santuário, por um condigno pórtico e escadaria com patamar onde se ergue imponente coluna encimada pele imagem de S. Miguel Arcanjo. Foi nos últimos três séculos que o Santuário beneficiou de maior impulso, sob os pontos de vista espiritual e materialmente, a ponto de constìtuir presentemente o Altar de Fé mais em evidência na região setentrional do País. Ultimamente, foi-lhe acrescentada uma segunda torre, o que pôs termo ao desiquilíbrio arquitectónico, obra onerosa da diligente Mesa da Irmandade, constituída pelos srs. Rev.° Padre José Borlido de Carvalho Arieiro, José Machado Veloso e Araújo Dias. O Santuário integra-se na área do Parque Nacional de Peneda e Gerês e situa-se a cerca 150 km. do Porto e a 51 de Arcos de Valdevez ( via Mezio, entrada do referdo Parque ). Os valiosos espécimes da Fauna, Flora e Arqueologia desta excepcional região de Portugal são motivos suficientes para justificar uma visita que, certamente, será inesquecível. Texte original de Antonio Afonso Do Paço