NOSSA SENHORA DA PENEDA
Nossa Senhora da Peneda é uma das invocações marianas mais veneradas em Portugal, especialmente na região de Minho.
Ela é associada ao Santuário de Nossa Senhora da Peneda, localizado na Serra da Peneda, próximo à vila de Arcos de Valdevez.
A devoção a Nossa Senhora da Peneda remonta a séculos atrás e atrai peregrinos de toda parte.
A história mais conhecida envolvendo a devoção a Nossa Senhora da Peneda remonta ao século XVIII, quando se acredita que a Virgem Maria apareceu a uma pastora local nas proximidades do penhasco da Peneda.
Desde então, o local tornou-se um importante centro de peregrinação e fé.
Os fiéis veneram Nossa Senhora da Peneda como intercessora e protetora, especialmente em momentos de necessidade, doença ou dificuldades.
O Santuário de Nossa Senhora da Peneda é conhecido pela sua beleza arquitetônica e pelas escadarias que levam os peregrinos até à capela, proporcionando uma experiência espiritual única.
A devoção mariana é uma parte significativa da cultura e da fé em Portugal, e Nossa Senhora da Peneda é uma das muitas formas pelas quais os devotos expressam sua devoção e confiança na intercessão da Virgem Maria.
Domingo de Ramos e padrinhos.
No domingo de Ramos, manda a tradição que os afilhados presenteiam os padrinhos, principalmente a madrinha, com um ramo de flores ou amêndoas, para que no domingo de Páscoa recebam o folar.
O «folar» continua a representar o presente dos padrinhos aos afilhados.
Com o decorrer do tempo, a palavra «folar» deixou de pertencer ao seu primitivo significado, isto é, ao bolo cerimonial da quadra pascal, para passar a designar o presente de Páscoa dos padrinhos, expresso por qualquer objecto, roupas, amêndoas ou dinheiro.
Substituído, embora, por outros presentes, a obrigação da oferta do «folar» cessa depois da maioridade ou do casamento dos afilhados.
Neste caso, o ritual obrigava a que os afilhados no dia seguinte ao do casamento, levassem aos padrinhos a «fatia» (uma fatia de bolo de noz, de chocolate, pão-de-ló ou outro), enquanto os padrinhos ofereciam aos afilhados um último «folar», na Páscoa a seguir à boda.
Este procedimento continua a verificar-se em muitas localidades do nosso país.
Menos relevante do que antigamente, o parentesco cerimonial entre padrinhos e afilhados assume, ainda hoje, aspectos de proteção familiar, determinando que famílias com menores posses assegurem bons padrinhos para os seus filhos, menosprezando, até, os laços de parentesco e de amizade.
Antigamente, em terras do Minho, no dia do batizado, deixava-se o lume aceso toda a noite e pregava-se um prego no chão da cozinha para ali nunca se entornar vinho, sinal de mau agoiro.
Guiados por velhas superstições, competia à mãe acender uma candeia e fazer no chão uma cruz com milho painço para que as bruxas não atormentassem o filho até ao dia do batismo.
Enquanto não chegasse esse dia, as pessoas da casa não podiam dar esmola a ninguém.
Ainda hoje, as crianças continuam a ser batizadas, preferencialmente, ao domingo.
Na altura do banho molhavam os dedos na água, colocavam-nos junto da boca da criança e diziam: um bocadinho de água para o meu menino beber, outro bocadinho para o meu menino crescer, outro bocadinho para o meu menino falar, para chamar pelo pai, pela mãe, pelo padrinho, pela madrinha e por toda a gentinha.
Esta prática andará associada à tradição de que a Sagrada Família, ao regressar a Israel e ao chegar a Belém, terá tido conhecimento da peste que grassava por lá e que atacava os olhos das crianças.
Os pais levavam então os filhos a Maria.
A Virgem dava-lhes a beber um pouco da água onde o Menino tinha tomado banho e as crianças ficavam curadas.
Daí, talvez o antigo uso de se dar a beber às crianças a água do banho, para que o mal não entrasse no seu corpo.
Em alguns lugares, era costume as mães só entrarem na igreja depois do batizado do filho, a lembrar os antigos ritos de purificação.
Ao saírem da igreja, enquanto os sinos repicavam festivamente, os padrinhos ofereciam guloseimas à garotada que os esperava no adro, fazendo o mesmo ao longo do percurso até à casa dos pais do recém batizado.